Lisboa - 5 a 9 de Setembro de 2005
Escola de Verão de Matemática


Patologias na Análise

curso por Manuel Arala Chaves (Universidade do Porto e Associação Atractor)

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Nos cursos básicos de análise, surgem por vezes «enunciados óbvios», cuja demonstração resiste mais do que esperado à partida. Em alguns casos, porque demonstrações elementares são inesperadamente complicadas; noutros, porque os «resultados óbvios» são falsos (frequentemente com contra-exemplos difíceis de encontrar) - estes são por vezes chamados casos patológicos. Dois exemplos:
- será que uma função real contínua (em todos os pontos) pode não ter derivadas - mesmo só laterais, mesmo possivelmente infinitas - em nenhum ponto? A resposta é sim.
- será que uma curva pode «encher» um quadrado? E um cubo? E ... ? A resposta, surpreendentemente, vai depender do grau de regularidade que se exigir na definição de curva.

As palestras andarão à volta de questões deste tipo, procurando analisar alguns exemplos concretos, mas também enquadrá-los num tratamento unificado. De passagem, ver-se-á ainda que a situação «patológica» é por vezes a genérica e a «não patológica» a excepcional; e serão comparados dois modos (não equivalentes) de avaliar o carácter «excepcional» de uma situação.

Bibliografia de apoio:
  1. Ralph Boas, A Primer of Real Functions, The Carus Mathematical Monographs, 13, Mathematical Association of America (1996).
  2. Bernard Gelbaum & John Olmsted, Counterexamples in Analysis, Dover (2003).
  3. John Oxtoby, Measure and Category, Springer-Verlag (1971).
  4. Hans Sagan, Space-Filling Curves, Springer Verlag (1994).
  5. Michael Spivak, Calculus, Publish or Perish (1994).
  6. Lynn Steen & Arthur Seebach, Counterexamples in Topology, Dover (1995).
  7. Stephen Willard, General Topology, Dover (2004).

Mais informações em http://www.math.ist.utl.pt/escola/
Última actualização: 9 de Maio de 2005