Procedimentos e critérios de avaliação de projectos de ICDT

O sistema de solicitação pública de candidaturas de projectos de investigação, cujos objectivos e métodos são propostos pelos próprios cientistas nelas envolvidos, e a avaliação independente e rigorosa por painéis de avaliação constituídos por cientistas de elevado mérito internacional, com exigentes critérios internacionais de referência e elevada selectividade, constituem os aspectos centrais da política sistemática de melhoria da qualidade científica e de expansão dos resultados da investigação.

Em 1997-98 procedeu-se a uma profunda revisão dos processos de candidatura e avaliação de projectos. Sistematizaram-se os princípios e procedimentos de avaliação, prepararam-se novos formulários de candidatura e avaliação, consolidaram-se e clarificaram-se os critérios de avaliação, os quais passaram a ser do conhecimento prévio dos candidatos tal como eram transmitidos aos avaliadores. Acabou-se com o sistema anterior em que cada painel de avaliação adoptava os seus critérios, a posteriori da apresentação de candidaturas.

O processo de avaliação de projectos foi desenvolvido afinando e juntando componentes dos melhores procedimentos de avaliação das principais agências financiadoras de C&T estrangeiras. Certas das suas características de detalhe são hoje vistas como exemplos que têm tendência a ser adoptados internacionalmente: avaliação por painéis de cientistas predominantemente estrangeiros e cuja identidade é publicamente conhecida em vez de ficar confidencial, interacção entre os avaliadores e os candidatos em sessões de apresentação dos projectos, critérios de avaliação que valorizam o mérito internacional das candidaturas e dão expressão à competência dos avaliadores, sobrepondo-a a grelhas automáticas de avaliação, exigência de aprovação selectiva de projectos de elevado mérito internacional, solicitação aos painéis de avaliação de recomendações explícitas quanto ao financiamento a atribuir.

A partir de 1997, a FCT passou a adoptar três critérios de avaliação[1] cuja classificação pressupõe a consideração de vários aspectos pelos próprios avaliadores.

Os formulários de candidatura e os critérios de avaliação têm em conta que na avaliação da investigação científica a qualidade e a originalidade devem ter precedência sobre a quantidade, e que é importante considerar os resultados obtidos pela equipa de investigação em projectos anteriormente financiados:

Criterium 1 -  Scientific merit and originality of the proposed activity[2];

Criterium 2 -  Scientific merit of the research team, its qualifications to conduct the project and its configuration regarding research opportunities provided to young scientists[3];

Criterium 3 - Feasibility, work program and budget appropriateness[4].

Os avaliadores classificam cada candidatura em cada um destes critérios, numa escala de 1 (baixo) a 5 (elevado), previamente a analisarem a candidatura em conjunto no painel de avaliação. O painel de avaliação prepara em conjunto o relatório de avaliação final e classifica a candidatura numa escala Excelente, Muito Bom, Bom, Regular  e Fraco, tendo em conta as classificações dos critérios de avaliação pelos avaliadores e chegando à classificação global com base na opinião colegial dos membros do painel, sem os restringir a um esquema pré-definido de ponderação das classificações parciais.

A selectividade da avaliação de candidaturas de projectos de investigação apresentadas à FCT tem sido elevada. É solicitado aos avaliadores que indiquem para aprovação apenas as candidaturas que, relativamente aos critérios adoptados, tenham mérito Excelente ou Muito Bom a nível internacional. Globalmente, a aprovação de candidaturas situou-se em 38%, com financiamentos globais atribuídos de 20% dos financiamentos globais solicitados.

Foi assim concretizado um processo de avaliação coerente e transparente, cuja qualidade tem sido elogiada pelos cientistas estrangeiros que nele têm participado como avaliadores e que frequentemente identificam no conjunto dos procedimentos adoptados aspectos superiores aos seguidos pelas agências financiadoras de projectos de investigação dos seus próprios países.

 

Painéis de avaliação constituídos maioritariamente por cientistas estrangeiros

Os painéis de avaliação passaram a ser constituídos essencialmente por cientistas estrangeiros pelas razões seguintes:

·   "Não é permitido ao homem mais justo que seja juiz em causa própria" (Blaise Pascal, 1670), o que em países pequenos leva directamente à necessidade de envolver avaliadores estrangeiros;

·   As avaliações devem ser realizadas face às melhore práticas internacionais;

·   É uma forma clara e simples de afirmar a política de internacionalização científica, em especial junto aos investigadores e às instituições de C&T;

·   A exposição da nossa investigação a avaliações internacionais traz uma visibilidade internacional natural a competências em torno das quais pode ser expandida a ligação da comunidade científica em rede internacional;

·   Os resultados das avaliações obtêm mais facilmente credibilidade e reconhecimento internacional se os avaliadores forem especialistas estrangeiros, dado que   as referências comparativas são neste caso mais fáceis de estabelecer;

·   Há mais vantagens do que inconvenientes em que a avaliação seja feita por especialistas externos à comunidade científica envolvida, os quais, naturalmente, são mais susceptíveis a detectar competências emergentes e novas oportunidades de lideranças científicas, assim como práticas obsoletas e competências em decadência, e  de as considerar abertamente pelo seu valor facial, o que é particularmente importante numa altura de rápido crescimento da comunidade científica, em que cada ano há mais 10% novos doutorados no sistema.

A constituição dos painéis de avaliação ser pública e de haver interacção directa entre os membros desses painéis e os candidatos assegura um elevado nível de responsabilização e um controlo da qualidade e da isenção da avaliação que não seriam possíveis sob anonimato, permite completar com informações adicionais os dados disponíveis nas candidaturas escritas possibilitando a obtenção de respostas a perguntas dos avaliadores, melhora a credibilidade do processo de avaliação visto que permite aos candidatos construir as suas impressões sobre as atitudes dos avaliadores com base em contactos directos.

 

Elevada dimensão e complexidade dos exercícios anuais de avaliação

A avaliação do concurso anual para projectos em todos os domínios científicos, que envolvem cerca de 2.000 candidaturas, é sempre um exercício de elevada dimensão, ao qual acrescem as avaliações dos concursos para projectos de investigação orientada.

Todos os anos é assegurado o funcionamento de mais de 45 painéis de avaliação que envolvem cerca de 200 avaliadores estrangeiros. Estes painéis reunem em Lisboa, em regime residencial permanente com a duração média de uma semana, durante a qual também interagem com os proponentes em sessões de apresentação pública das propostas de investigação[5].

 

Figura 4.5 – Distribuição por classificações de avaliação do

nº de projectos aprovados no concurso de 2000 para todos

os domínios científicos (Fonte: FCT)

Classificações de avaliação, objectivos socio-económicos e áreas científicas dos projectos aprovados  - Exemplo do concurso de 2000 para projectos em todos os domínios

Em geral, procura-se aprovar as candidaturas de mérito internacional Excelente e Muito Bom. No período 1997-2001, a média de aprovações em número de propostas foi 38% e em financiamento aprovado relativamente ao solicitado 20%. É, portanto, um processo selectivo e exigente.

Como exemplo dos resultados de avaliação e aprovação de projectos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico em concursos para todos os domínios científicos, apresentam-se aqui dados relativos ao concurso de 2000, o mais recente que se encontra apurado.

No concurso referido foram avaliadas 1.945 candidaturas, das quais foram aprovadas 844, o que corresponde a uma aprovação de 43%. O financiamento solicitado por todas as candidaturas foi 236 milhões de Euros e o financiamento atribuído foi 56 milhões de Euros, o que corresponde a uma aprovação de 24%.

A distribuição de classificações de avaliação dos projectos é apresentada na Figura 4.5, onde se vê que 6% foram classificados com Excelente e 29% com Muito Bom. Portanto, os projectos com uma destas classificações corresponderam a 45% das candidaturas avaliadas, pelo que as candidaturas aprovadas são praticamente as que foram classificadas nestes dois níveis de topo.

A distribuição dos projectos aprovados por objectivos socio-económicos é apresentada na Figura 4.6, sendo os objectivos mais frequentes a promoção geral dos conhecimentos (34%), a indústria (24%), a saúde humana (8%), o ambiente (8%) e a agriculturas (7%), mas com números significativos também com objectivos de infraestruturas e ordenamento do território, desenvolvimento social e serviços sociais, e mar pesca e piscicultura.

A distribuição por grandes domínios científicos encontra-se indicada na Figura 4.7, com um pouco mais de metade dos projectos totais em Ciências de Engenharia e Tecnologias (35%) e Ciências Naturais e do Ambiente (23%).

 

 

Disponibilização na Internet de bases de dados dos projectos aprovados

Em 1998 foi iniciada a disponibilização pública na Internet de bases de dados dos projectos aprovados.

A informação disponibilizada para cada projecto inclui título, objectivos, objectivos socioeconómicos, palavras-chave, resumo, investigador responsável, equipa de investigação, unidades de I&D envolvidas, financiamento atribuído. São disponibilizados endereços de contacto com as entidades e os investigadores, nomeadamente de correio electrónico, com o objectivo de reforçar a interligação em rede da comunidade científica.

Para cada concurso é também fornecida informação estatística sobre as classificações, aprovações e financiamentos dos projectos.

 

Figura 4.6 – Distribuição por objectivos socio-económicos do

 nº de projectos aprovados no concurso de 2000 para todos os

domínios científicos (Fonte: FCT)

 

 

Sistema SAPIENS – Submissão e Avaliação de Propostas pela Internet em Segurança

 

Em Novembro de 1999, para o concurso de projectos de investigação em todos os domínios científicos que foi aberto do fim desse mês ao fim de Janeiro de 2000, a FCT introduziu um sistema pioneiro de submissão electrónica de candidaturas a projectos de investigação científica pela Internet, designado SAPIENS - Submissão e Avaliação de Propostas pela Internet em Segurança. Este sistema permitiu a milhares de investigadores uma preparação e submissão mais simples de candidaturas a financiamento de projectos de investigação e situa-se na vanguarda dos sistemas de submissão electrónica de projectos de investigação, a nível mundial.

 

 

Figura 4.7 – Distribuição por grandes áreas científicas do

nº de projectos aprovados no concurso de 2000 para todos

os domínios científicos (Fonte: FCT)

O sistema SAPIENS incluiu um formulário electrónico acessível na Internet, uma base de dados estruturada residente na FCT e um conjunto de programas que permitem a gestão electrónica integrada das candidaturas desde a submissão até aos pagamentos e ao controlo da execução dos projectos aprovados. Trata-se de um caso exemplar de ilustração das vantagens da administração pública electrónica.

O sistema acabou com os longos processos de organização e verificação manual de candidaturas, bem como com o envio aos avaliadores de candidaturas em papel pelo correio, o que permite uma considerável economia de custos e a aceleração dos procedimentos. Por exemplo, em 2001 foi possível disponibilizar as candidaturas aos avaliadores do primeiro painel de avaliação, pela Internet, apenas quatro dias após terminado o período de candidatura e, subsequentemente, foi possível concluir os trabalhos deste painel, incluindo a apresentação pública das candidaturas aos avaliadores pelos proponentes, dez dias depois.

A Figura 4.8 mostra a progressão da avaliação do concursos de projectos em todos os domínios científicos que encerrou em 31 de Janeiro de 2000. Verifica-se que 80% das candidaturas estavam avaliadas após 5,5 meses da submissão, o que é um valor muito bom dado que o benchmarking internacional aponta para a avaliação de pelo menos 75% de candidaturas em seis meses. No entanto, a finalização da avaliação progrediu de vagar, por dificuldades na constituição e estabilização dos correspondentes painéis e problemas de disponibilidade dos avaliadores para marcação de datas das avaliações. É ainda necessário melhorar este aspecto que, inclusivamente, levou a maiores atrasos na avaliação do concurso para projectos em todos os domínios científicos de 2001. Os dados mostram que o sistema permite avaliações muito rápidas, desde que fiquem resolvidas com antecedência a constituição dos painéis e a marcação das datas das avaliações.

 

Figura 4.8 – Progressão da avaliação do concurso para projectos

em todos os domínios científicos que encerrou em 12 de Março

de 2000 (Fonte: FCT)

O aumento do rigor e da eficiência do processamento das candidaturas, tornado possível pelo novo sistema, em que a informação estruturada que integra a base de dados de candidaturas é introduzida directamente pelos candidatos, assegura as condições para estabilizar a abertura de um concurso geral para projectos de investigação todos os anos – procedimento este que teve início em 1998 – permite encurtar o período desde a submissão da candidatura e da constituição do respectivo painel de avaliação até à divulgação dos resultados da avaliação e facilita a capacidade operacional para abertura de mais concursos para projectos de investigação orientada ao longo de cada ano.

As dificuldades de realização de ambiciosos calendários de concursos e avaliações ficaram confinadas à designação dos coordenadores dos painéis de avaliação e a assegurar que estes estabilizam a constituição dos painéis de avaliação e as marcações para o período de avaliação em Portugal. Estes ainda são aspectos de gestão muito difícil, dadas as interacções individualizadas que envolvem, mas que ficaram deste modo libertos de outras dificuldades logísticas. Com o objectivo de resolver este problema, preparou-se a avaliação do concurso para projectos em todos os domínios científicos de 2002 assegurando a possibilidade de constituição de praticamente todos os painéis de avaliação no primeiro trimestre de 2002, ainda antes de encerrado o concurso, e procurou-se garantir um período de estabilidade aos coordenadores de cada painel e a um núcleo dos seus membros, de forma a evitar atrasos no futuro.

Em 2000, 83% das 1.958 candidaturas recebidas foram submetidas electronicamente, percentagem que em 2001 subiu para 97%. São elevadíssimas taxas de adesão a um sistema que permitiu à FCT situar-se na vanguarda das instituições congéneres a nível mundial no que respeita à submissão electrónica de projectos de investigação e à subsequente avaliação e gestão electrónicas.

Além da submissão electrónica, foi implementado um sistema de avaliação electrónica que permite aos avaliadores terem acesso às candidaturas e prepararem relatórios electrónicos de avaliação preliminar pela Internet, logo a seguir ao encerramento do período de candidaturas e antes do contacto directo com os proponentes na fase final da avaliação. Os relatórios electrónicos de avaliação preliminarmente efectuados nos locais de origem dos avaliadores são facilmente concluídos pelo painel de avaliação em Portugal, após interacção com os proponentes.

A partir das informações fornecidas nas candidaturas pelos investigadores responsáveis pelos projectos aprovados são publicadas na Internet as bases de dados dos projectos aprovados.

No que respeita à submissão electrónica de candidaturas, o sistema só encontra par na National Science Foundation (NSF) dos EUA e inclusivamente ultrapassa esta agência financiadora de investigação no que respeita à avaliação electrónica, uma vez que a NSF se encontrava a introduzir este tipo de processo (o painel de avaliação de projectos de Eng. Electrotécnica e Informática - Sistemas Robóticos, Inteligentes e de Informação em 2001, predominantemente composto por reconhecidos cientistas americanos destas áreas, quis elogiar a FCT pelo desenvolvimento do sistema, que consideraram claramente superior ao da NSF e, comparativamente, de uma geração mais avançada e com um desempenho de muito elevada qualidade). É de notar que a NSF foi pioneira mundialmente, em fase experimental, dos sistemas de submissão electrónica de candidaturas em 1989 e fixou atingir 100% de submissões electrónicas no ano 2000, ano em que começou a ensaiar a avaliação electrónica em certas áreas, o que significa que em Portugal superámos rapidamente um atraso considerável e assumimos uma posição de vanguarda nesta matéria que convém manter com uma permanente modernização dos sistemas.

A situação na NSF e na FCT contrasta com o facto das submissões electrónicas de projectos apresentados ao Programa Quadro da Comissão Europeia em 2000 não terem ultrapassado 5% de todas as candidaturas. Nos outros países europeus, as agências financiadoras de investigação mais avançadas são os Research Councils do Reino Unido, embora neste caso a generalização dos sistemas de submissão electrónica que vem sendo anunciada há vários anos tenha sido sucessivamente adiada.

Está prevista a melhoria do sistema em vários aspectos, incluindo a possibilidade de escrita de fórmulas e inserção de diagramas e figuras nos próprios campos de texto, em vez do esquema actual em que podem ser submetidas num anexo em formato pdf.

 



[1] Concretizou-se uma perspectiva moderna próxima da introduzida em 1996 pela National Science Foundation dos EUA, quando decidiu rever os seus critérios de classificação de mérito considerando-os de uma forma mais agregada e reduzindo-os a dois critérios, com o objectivo de contrariar a perspectiva clássica numericista de grelhas de classificação com numerosos parâmetros e médias ponderadas que obscurecem as apreciações e perturbam a capacidade de expressão da apreciação de avaliadores competentes, ao porem a tónica na fragmentação analítica dos processos e na correcção de forma dos cálculos e não se concentrando na apreciação sintética da qualidade e dos resultados, com uma preocupação de análise de conteúdo.

[2] Criterium 1 - Scientific merit and originality of the proposed activity

How important is the proposed activity to advancing knowledge and understanding within its own field and across different fields? To what extent does the proposed activity suggest and explore creative and original concepts? How well conceived and organized is the proposed activity? Will the results be disseminated broadly to enhance scientific and technological understanding? To what extent is the proposed activity new in comparison with that of previous, current and pending projects (with team members participation) that you have available for analysis?

[3] Criterium 2 - Scientific merit of the research team, its qualifications to conduct the project and its configuration regarding research opportunities provided to young scientists

How good is the publication record of the research team in major research journals? To what extent is the research team expertise adequate to the project objectives? How well qualified is the project leader (principal investigator) to conduct the work? How well does the research team configuration provide research opportunities to young scientists? How good were the results of previous projects (with team members participation) that you have available for analysis?

[4] Criterium 3 - Feasibility, work program and budget appropriateness

To what extent are the project organization and resources (goals, time, staff, equipment, institutional resources, management, etc.) adequate to the project objectives, taking into account the information you have available on current and pending projects with team members participation? How well does the project fit the goals (and priorities when defined) of the call for proposals? How appropriate is the budget to successfully accomplish the project? How well were funds of previous projects (with team members participation) used for obtaining research results? How reasonable is the requested funding, given the project design and the information you have available on current and pending projects with team members participation?

[5] A própria organização das sessões de apresentação de propostas envolve um trabalho que é superior à organização de um grande encontro com cerca de 4.200 participantes (os avaliadores e uma média de dois investigadores por proposta) com 45 sessões paralelas durante dois dias intensivos. Acontece, porém, que as possibilidades de organizar num mesmo período vários painéis são muito limitadas, já que cada painel de avaliação tem de ser acompanhado por pelo menos três de duas dezenas de técnicos de um serviço da FCT que tem de manter a sua actividade normal, mêsmo em períodos de avaliações. Por outro lado, se não houvesse sobreposições entre os períodos de trabalho dos vários painéis seria necessário ter avaliações durante 45 semanas e, portanto, mais de um ano útil.